Em Teu Livro, Valesca Popozuda Fala sobre Relacionament

19 Mar 2019 06:07
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<h1>CENTRO DE EDUCA&Ccedil;&Atilde;O INFANTIL MEU AMIGUINHO</h1>

<p>Mar&iacute;lia P&ecirc;ra entrou num palco na primeira vez em um cl&aacute;ssico: &quot;Medeia&quot;, de Eur&iacute;pides. Era garota ainda. Foi preparada desde cedo pelos pais, os atores Manuel P&ecirc;ra e Dinorah Marzullo, para ser atriz. Eu n&atilde;o me achava linda. No comecinho da vida, sim, quando meus pais, Manuel P&ecirc;ra e Dinorah Marzullo, assim como atores, comungavam a casa com o teatro e havia ali alguma harmonia.</p>

<p>Voc&ecirc; me pergunta se, pra ser atriz, &eacute; preciso ter o dom no sangue. Bem, em meu caso, fui preparada por meu pai e minha m&atilde;e para entrar em cena. Minha primeira pe&ccedil;a foi Medeia, de Eur&iacute;pides. A companhia se chamava Os Artistas Unidos e era estrelada por uma atriz extraordin&aacute;ria, Henriette Morineau. Simpatias: Para Arrumar Namorado ≈ Simpatias ≈ Astral ≈ BEMZEN•com todos a cham&aacute;vamos de madame Morineau e sent&iacute;amos por ela uma mistura de amor e temor.</p>

<ul>

<li>9 Liberdade de Expressao</li>

<li>Simpatia comentou</li>

<li>Cad&ecirc; o dinheiro que tava aqui</li>

<li>4 O adult&eacute;rio pela B&iacute;blia 4.Um No catolicismo</li>

</ul>

<p>Era &quot;uma atriz tr&aacute;gica&quot;, desta maneira se dizia. Simpatias Pra Arrumar Namorado: Bye-bye, Solteirice! dirigia todos os espet&aacute;culos. As atrizes, antigamente, escolhiam o texto, produziam, dirigiam e estrelavam os espet&aacute;culos efetuados por tuas companhias de teatro. S&oacute; muitas se arriscam a dirigir, hoje. Hist&oacute;ria Da Sexualidade Humana de interpretava protagonistas s&eacute;rios, mulheres agoniadas, misteriosas, doentes. Havia uma pe&ccedil;a que se chamava O Pecado Original, de Jean Cocteau, na qual ela interpretava uma mulher diab&eacute;tica que espetava a pr&oacute;pria coxa com inje&ccedil;&otilde;es de insulina.</p>

<p>Era um personagem que exigia muito vigor f&iacute;sico e, ao conclus&atilde;o de cada espet&aacute;culo, madame Morineau permanecia uns quarenta minutos meio &quot;desmaiada&quot;, se recuperando no camarim, antes de se parelhar e receber o p&uacute;blico que desejava cumpriment&aacute;-la. Essa atriz &quot;tr&aacute;gica&quot;, aos s&aacute;bados e domingos, &agrave;s 10 da manh&atilde;, colocava um nariz posti&ccedil;o, uma peruca preta desgrenhada, e se transformava pela bruxa da pe&ccedil;a infantil &quot;O Casaco Encantado&quot;, de L&uacute;cia Benedetti.</p>

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<p>Meu pai era o bruxo; minha m&atilde;e, a princesinha; e eu, o pajem do Rei. Acho que pecado era uma express&atilde;o que interessava ao grande p&uacute;blico: constava de 2 t&iacute;tulos de espet&aacute;culos de sucesso da &eacute;poca. Em &quot;Uma Avenida Chamada Pecado&quot;, n&atilde;o havia papel de guria. Eu n&atilde;o entrava, no entanto assistia &agrave; encena&ccedil;&atilde;o todos os dias das coxias, recinto m&aacute;gico, minha institui&ccedil;&atilde;o de teatro.</p>

<p>Madame Morineau interpretava Medeia. Meu pai, morto em 1967, era Jas&atilde;o, marido de Medeia, e minha m&atilde;e interpretava &quot;o coro&quot; com algumas duas atrizes: Margarida Rey e Antoinette Morineau, filha de madame Morineau. No momento em que entrei em cena pela primeira vez, n&atilde;o tinha ideia do que fazia, entretanto fazia direitinho o que me mandavam. Tenho uma vaga lembran&ccedil;a de minha m&atilde;e colocando uma fita de cetim branco ao redor de minha cabe&ccedil;a e me vestindo uma t&uacute;nica grega, tamb&eacute;m branca. Eu era um dos 2 filhos de Medeia.</p>

<p>Creio que foi meu pai quem me deu as primeiras informa&ccedil;&otilde;es para entrar em cena, mesmo que a diretora fosse madame Morineau. Eu tinha que entrar pelas m&atilde;os de um ator mineiro chamado Jo&atilde;o Ceschiatti, ao lado do meu &quot;irm&atilde;o&quot;, o outro filho de Medeia. Havia uma rampa no fundo do palco e os atores precisavam galg&aacute;-la para se tornarem expl&iacute;citos ao p&uacute;blico. Ceschiatti ficava ao centro, e eu e meu &quot;irm&atilde;o&quot;, cada um de um lado. Essa rampa me parecia imenso, todavia hoje, pensando sobre isso, imagino que meu ponto de visibilidade de guria aumentava tua extens&atilde;o.</p>

<p>Meus pais faziam parte dessa companhia de teatro que se apresentava por todo o Brasil com muitos espet&aacute;culos. As pe&ccedil;as das quais eu participava eram &quot;Medeia&quot;, &quot;Frenesi&quot; e &quot;O Casaco Encantado&quot;. Acho que a cada semana se apresentava uma delas. Aos s&aacute;bados e domingos, na manh&atilde;, encen&aacute;vamos &quot;O Casaco Encantado&quot; e havia algumas pe&ccedil;as das quais eu n&atilde;o participava. Meu pai era vinte e quatro anos mais velho do que minha m&atilde;e. Desse jeito, no teatro, ele era sempre marido ou amante de novas, sempre que minha m&atilde;e interpretava namorada de outros, ou criadinha sapeca, ou fazia por&ccedil;&atilde;o do coro de lindas.</p>

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